Pequena Dose de Realidade
Noite fria vida
Estava Ali encolhidaDeitada no banco do trem
No rosto uma longa vida sofrida
Na mão um terço pra dizer amém
No corpo um cobertor que nem mais calor tem
Bom bruto balanço
Ninando o pobre descansoAqui e ali descaso no olhar
Ranço manso
Que não se atrevia de lugar trocar
E quase sem querer um nojo a demonstrar
Velha suja fedendo
Acorda lúcida tudo entendendo
Pega seu carrinho ajeita o cobertor
Sorriso frio se encolhendo
Passa humilde polo corredor
Segue seu caminho levando sua dor